terça-feira, 20 de abril de 2021

O caminho é o caminho


Sei que vou parecer piegas.

Muitos já falaram a respeito, sobre outros aspectos, principalmente sobre a VIDA.

Ainda assim me arrisco.

Por que sou extremamente feliz praticando Triathlon?

Porque aprendi, desde que decidi praticar esse esporte, que o caminho é longo, muito longo, para que possamos ser felizes....

•    Desde pequenas provas só de natação (50m, 100m, 200m, 400m), pequenas provas só de corridas (3km, 5 km), pequenas provas só de ciclismo (dessas não participei).

•    Desde pequenas provas de Biathlon (500m + 3km) e de Short Triathlon (750m + 20km + 5km).

•    Depois de um certo tempo, desde as provas na distância Olímpica (1.500m + 40km + 10km).

•    Depois de muito tempo, desde as provas de Long Distance, 70.3, Meio-Ironman... Enfim, independente da nomenclatura, a distância é a mesma (1.900m + 90km + 21km).

•    Até finalmente chegar às provas de Ironman (3.800m + 180km + 42km).

(Em Triathlon, as distâncias mencionadas se referem sempre a natação + ciclismo + corrida, respectivamente.)


Quando penso em cada trecho dessa longa caminhada, vejo que a felicidade realmente está relacionada muito mais ao percurso para chegar lá, do que a cada chegada.

A chegada é só a “cereja do bolo”.
(Fico imaginando essa expressão para quem não gosta de cereja.... kkk)

Penso eu, alguns Triathletas, que iniciam logo de cara pelo Ironman, não conseguirão ficar tão felizes quanto poderiam caso houvessem trilhado todo o caminho.

Para eles, terá sido um caminho curto, dolorido, sofrido (aliás, como todos são), porém sem a curtição de todo o percurso.

No caminho sempre haverá treinos que nos deixarão muito exaustos, pensando em desistir, etc. E outros em que nos sentiremos fortes, competentes para vencer uma guerra sozinhos.
Os mais difíceis sempre serão em maior quantidade do que aqueles ótimos.

Fazendo uma comparação bem forte:

Nossa vida é uma caminhada.
Vamos passar por muito mais perrengues do que por situações fáceis, tranqüilas, felizes.

Ainda assim não abrimos mão dela.
Fazemos questão de cumpri-la como bebês, crianças, adolescentes, jovens, maduros, velhos, anciões... E levaremos daqui aquilo que vivermos.

Em relação ao Triathlon, sair do nada e ir direto para um Ironman (ou coisa pior... kkk), é o mesmo que sair das fraldas e ir direto para a fase de “velhos” ou “anciões”.

Cadê o prazer de fazer toda caminhada?

Que fique claro, estou falando apenas e tão somente sobre Triathlon.
A comparação não significa que a pessoa (atleta) estaria fazendo isso com a sua vida. Estaria fazendo apenas com relação ao Triathlon.

Entendo muito que, provavelmente, essas pessoas têm um desafio e querem realizá-lo. E, via de regra, conseguem.
Só que a maioria não vai curtir continuar nesse caminho.

Bom... era isso... por enquanto....

3AV

Marco Cyrino

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domingo, 11 de abril de 2021

Pequena análise sobre provas

Pequena análise sobre provas

 

M E M Ó R I A S

 

Hoje, conversando em um grupo de Triathletas, numa rede social, terminei revivendo algumas das muitas provas que já fiz, falando sobre alguns percursos, dificuldades e facilidades.

 

Daí, resolvi escrever sobre isso.

 

 

Provas de Triathlon Short, daquelas que são pancadaria.

 

Santa Cecília, do meu amigo Paulinho, da YPS:

Daquelas em que participei, lembro muito bem, realizadas ao pé da Ilha Porchat, aqui pertinho, em São Vicente.

Natação saindo e voltando da Praia dos Milionários.

Ciclismo em várias voltas, com vácuo, entre a Ilha Porchat e a Divisa com Santos. Eram 6 voltas.

Corrida, caso eu não esteja enganado, eram 2 voltas, até o Posto do Petrobrás.

 

Também lembro que, na minha categoria, havia um "atleta" que trapaceava.

Fazia uma volta a menos de ciclismo.

E, ainda assim, só me passava na chegada da corrida.

Esse #^$$%* pegou alguns pódios na minha frente, inclusive no TB, até que foi desmascarado pelo Cabral.....kkkkkkk.

Nunca mais o vi em nenhuma prova.

Nunca vou dizer o nome dele, até porque, não merece.

 

Nessas provas, a natação era ótima.

O pedal, perigoso, devido à pista estreita e à permissão para vácuo.

A corrida, normal.

 

Não posso falar sobre as que ocorreram e ainda irão ocorrer no Guarujá, porque não participei. Mas, estão na mira.

 

 

Provas de Triathlon Short, no Troféu Brasil. Pancadaria também.

 

Foi quando tudo começou, depois de eu não poder mais jogar futebol por conta de... Ah! Isso é papo pra outra postagem, além daquelas que já fiz a respeito.

 

Então, comecei fazendo o Short, com bike sem marchas, daquelas de rua mesmo... E depois... Ah! O depois também é papo pra outra hora...

 

O assunto aqui não sou eu. São as provas.

 

Esses shorts no TB eram (e, se Deus quiser, continuarão sendo) maravilhosos.

 

Antes, as largadas e chegadas eram no Gonzaga, aqui em Santos.

E ainda havia as provas em MG, RJ, São Paulo (Capital)...

 

Só vou falar das provas de que participei.

 

Santos

 

Excelente, sempre.

Além de ser aqui, na porta de casa, os percursos de natação, ciclismo e corrida sempre foram ótimos.

Sem nenhuma ressalva.

 

Rio de Janeiro

 

Adorei fazer essa prova lá.

Copacabana, Aterro do Flamengo, Ipanema. 

Pourra! Tirando os vândalos que tentaram assaltar a gente, o resto foi de boa. kkk

 

Sampa - USP

 

Êita prova dura, viu?

Mas não vou mencionar agora, porque só participei delas na distância Olímpica.

 

 

Provas de Triathlon Olímpico, no Troféu Brasil.

 

Provas duríssimas. E também na base da pancadaria.

 

Participei da 1ª prova Olímpica que não fosse para atletas com índice, tipo quase profissionais ("tipo" é phoda.... tô falando quase como os aborrecentes....... kkk).

 

Mas havia índices para completar cada etapa, tipo (kkk) natação até "x" minutos, pedal para "y" minutos, e a corrida que se dane.

 

Bom, não vou falar que ganhei, mas ganhei na minha categoria.

Menos por mérito e mais por ter caído no meu colo.

Acho que esse foi o start para eu levar o Triathlon a sério mesmo.

 

Santos

 

O percurso e a estrutura da prova são sempre TOP.

 

Antigamente, com largada e chegada no Gonzaga, a natação era um pouco mais difícil, porque ali existe uma arrebentação maior, dependendo das condições do mar.

 

Hoje em dia, na Ponta da Praia, em frente ao Escolástica Rosa, a natação é, digamos, mais light.

 

O ciclismo é de boa. Meio travado, mas de boa, tirando a Avenida Portuária, que antes era ótima para pedalar e hoje está arruinada.

 

E a corrida pelas praias de Santos. Ah! Show de bola.

 

USP – Sampa

 

Ô prova dura, viu?

Clima frio!

Natação... água pesada e gelada.

Pedal... circuito travado, com subidas e asfalto muitas vezes ruim. Corrida.... também com algumas subidas.

Mas é duro pra todos.

 

Internacional de Santos

 

Ótimo em todos os sentidos e detalhes.

 

Transição ótima.

 

Natação ótima, uma volta de 1.500m, normalmente em mar calmo. Houve apenas uma vez em que o mar estava terrível.

 

Ciclismo... Esse é o ponto principal.

Pedalar na Via Anchieta... tudo de bom.

Percurso excelente, rápido e seguro.

Saía da Av. Conselheiro Nébias, indo até a R. João Pessoa; virava à direita até o cais de Santos, voltava e ia até a saída da cidade. Depois, só alegria... rodovia ida e volta.

 

Corrida... ótima. Simples assim.

Toda em apenas uma volta por toda a orla de Santos, saindo do Boqueirão, indo até a Divisa com São Vicente, voltando até a Ponta da Praia e finalizando com o retorno até o Boqueirão novamente.

 

Desconheço outra prova tão legal.

 

 

Provas de Triathlon Long Distance

 

Aí o bicho pega.

 

Primeiro, em Pira

 

Também não vou falar sobre os meus perrengues.

O circuito é ótimo.

Quer dizer, a natação é phoda.

A bike também.

E a corrida é para os fortes... kkk

 

Natação... água pesada na lagoa.

Pedal com várias subidas pequenas (ou não).

Corrida sempre acima de 40ºC, e sem sombra nenhuma.

Reze pra chover. rsrsrs

 

Floripa - Jurerê... TriDash como antecipação do Challenge 

 

Acho que foi uma prova-teste para o Challenge.

Muito boa. No mesmo percurso do Iron (do qual falarei a seguir).

 

Depois, vieram os Challenge.

Percursos ótimos.

Mas, dependendo das condições climáticas, podemos passar por perrengues.

 

A natação é em Jurerê Internacional. Tranqüilo (até a página 2).

O pedal é pelas estradas locais.

E a corrida também.

 

Tivemos "poucos" perrengues.

Como no dia da diminuição da natação, porque ventos de 60 km/h estavam rolando por ali.

 

Depois, em outra prova, tivemos um cancelamento de prova, porque um ciclone derrubou tudo e todos.

Mas, normal..... kkkk

 

Bratislava, Eslováquia - Mundial de Challenge

 

Obtive a vaga por ter vencido o Challenge de 2017, na minha categoria, em Floripa.

 

Pourra, falar o que sobre essa prova?

 

Nadar no Rio Danúbio.

 

Pedalar com asfalto ótimo por 90 km, sendo 45 km com vento a favor e os outros 45 km com vento contra, nessa ordem.

 

Correr dentro do Centro Olímpico de natação da República Eslovaca.

 

Conseguir ser o 12º colocado em minha categoria, em que havia 36 atletas classificados, a maioria de europeus.

 

Ali é que a gente vê o quanto precisamos evoluir.

Não só em nossa preparação, até porque o cara que venceu na minha categoria botou quase 1 hora a menos que eu.

Mas, sobre a infraestrutura. Simplesmente excelente, como realmente deveria ser num campeonato mundial.

Bom, já falei demais.

 

 

Provas de Ironman

 

Meus 7 Irons completados foram todos lá, em Floripa.

 

Natação... boa, ruim, péssima, ótima. Passei por todas elas.

 

Ciclismo... bom ruim, péssimo, ótimo. Passei por todos eles.

 

Corrida... boa, ruim, péssima, ótima. Passei por todas elas.

 

Atualmente, a corrida sofreu muitas modificações.

As 7 provas que fiz, ainda eram com as subidas de Canavieiras.

A 1ª volta era a longa, de 21 km.

Hoje, pelo que vejo, são 4 voltas de 10 km, e pouco dentro de Jurerê.

 

Não sei dizer se ficou melhor ou pior.

Talvez tenha ficado mais rápida, porque já não existem as grandes subidas.

 

A natação depende muito das condições do mar.

 

O ciclismo depende muito das condições do asfalto e das demarcações e segurança no trânsito.

Já vi de tudo lá. Inclusive, "baladeiros" invadirem a pista e colocarem obstáculos, como galhos, para derrubarem os atletas.

 

E, na corrida, é muito bom a gente receber o apoio dos moradores, ou mesmo de quem está lá temporariamente, torcendo para que possamos ao menos completar a prova.

 

 

Falei muito e não disse metade do que queria dizer.

 

3AV

Marco Cyrino

 

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