terça-feira, 30 de março de 2021

Tecnológico ou raiz?

Não tenho dúvidas de que os avanços tecnológicos nos ajudam muito em nossos avanços e conquistas no Triathlon.

Logo eu, que comecei nadando de sunga e sem roupa de borracha, pedalando em bike de rua, sem marchas, e correndo descalço.
 
A evolução tecnológica vem para nos dar uma puta ajuda, dentro daquilo que é legal, em qualquer das modalidades desse esporte maravilhoso que é o Triathlon.
 
Na natação, o uso adequado de toucas, óculos, roupas de borracha ou não, ajudam muito mesmo.
 

  • Óculos adequados nos dão um ótimo conforto para navegar.
 
  • Roupas de borracha nos dão maior flutuação e deslize, nas provas em que são permitidas.
 
  • Quanto às toucas, temos que usar as de prova. Mas em provas com água muito fria, podemos usar uma touca extra por baixo da touca de prova.
 
No ciclismo, principalmente em provas longas, o uso de roupas adequadas, dependendo da temperatura durante a prova, pode fazer a diferença.
Apenas exemplificando...
 
  • Em um dos Irons de que participei em Floripa, as temperaturas do mar e do ar estavam bem baixas. E fez toda a diferença o uso da roupa adequada durante o ciclismo, como manguitos, pernitos e agasalho, além de uma camiseta térmica por baixo.
 
  • Também ajudam muito os capacetes aeros, luvas, meias, sapatilhas, óculos...
 
  • A bike, então, nem vou comentar.
 
Na corrida é exatamente a mesma coisa.
 
  • Tênis apropriado, meias, roupas, bonés ou viseiras, tudo faz uma bela diferença.
 
Suplementação durante a prova.
 
  • Também é muito propício fazer a suplementação adequada, desde que esteja habituado. Seja com gel de carbo, com BCAA, cápsulas de sal, enfim.
 
Material de treino, então, nem se fala.
Tem de tudo.
 
  • Para natação, como roupas específicas, nadadeiras, palmares, respiradores, etc.
 
  • Para ciclismo, como medidores de potência, rolos, etc.
 
  • E para corrida também, com alguns itens de que nem lembro no momento.
 
  • Além, é claro, do Garmin (ou equivalente, de outra marca), para podermos verificar durante o treino, e até mesmo na prova, as nossas performances e FC.
 
 
Só que vou falar a real...
 
Você pode ter a melhor touca de natação, os melhores óculos de natação, a melhor roupa de natação, a melhor roupa de ciclismo, a melhor sapatilha, o melhor capacete, os melhores óculos de ciclismo, as melhores luvas de ciclismo, o melhor tênis de corrida, a melhor viseira ou boné de corrida, o melhor equipamento de medição de performance, a melhor suplementação. Pode ter tudo!
 
Mas, se você não tiver um pouco de raiz, vai dar ruim.
 
O que é ter um pouco de raiz?
 
Em minha opinião, é saber que:
 
  • Nenhuma dessas coisas vai nadar por você, ou pedalar por você, ou correr por você.  É você que vai ter de treinar à exaustão, para obter resultados.
 
  • A progressão para os recursos tecnológicos deverá vir aos poucos, assim como a evolução nos treinos.
 
  • Não adianta investir 50 pilas em equipamentos tecnológicos, se você ainda não tiver um nível de condicionamento físico para usufruir dos seus benefícios.
 
  • Caso não aceite isto, irá se desmotivar rapidamente e não dará seqüência em sua jornada Triathlética.
 
É meio como um Ironman.
 
Devagar e sempre.
Uma braçada após a outra.
Uma pedalada após a outra.
Um passo após o outro.
 
No começo qualquer coisa serve e, aos poucos, vamos evoluindo, física e tecnologicamente.
 
 
3AV
Marco Cyrino
 
 Receba por email 
 

sábado, 13 de março de 2021

Até quando?

Santos, SP — Foto: Rodrigo Nardelli/G1

Até quando, meu Deus?

Sinceramente não tenho tido tesão pra treinar.

E, por motivos particulares, já não tenho uma prova alvo pra treinar.

 

Daí, a gente tenta entrar num ritmo de treino, pelo menos para voltar a ter um condicionamento físico compatível com "depois eu vou ter uma prova alvo".

  • Tenho feito meus biro-biros, tipo correr e caminhar, ou caminhar e correr.
  • Alguns treininhos no rolo, sem nenhuma vontade.
  • Alguns treinos de musculação, na academia do edifício onde resido.
  • Para não permanecer inerte, tenho até mesmo descido e subido pelas escadarias com grande freqüência (moro no 8º andar).
  • E venho nadando algumas poucas centenas de metros no mar da minha querida cidade de Santos.
  • Tudo meia-boca...

Vejo muitos atletas, alguns deles amigos mesmo, como o Cláudio Miller, fazendo de tudo.

Vejo outros, que são mais amigos virtuais, treinando até o talo para realizar determinada prova alvo.

Não os invejo.

Só que (sem entrar aqui em aspectos políticos) tudo pára novamente.

Tudo fecha novamente.

As praias, aqui em Santos, voltaram a fechar, desde já, até o dia 30/03. 

 

E as mídias televisivas botando pressão...

Ah!!!  Parei por aqui.

 

Só consigo perguntar:

Até quando, meu Deus?

 

Quando penso que não pode piorar, a barata voa.

Vamos em frente, que um dia a gente se apruma novamente.

Se falar mais a respeito, vou politizar até mesmo o teor deste post.

 

Que o Nosso Pai Oxalá continue nos protegendo de tudo e de todos.

 

3AV 

Marco Cyrino

 Receba por email