terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Maléficos profetas midiáticos


Mal iniciamos este ano que, rogamos, seja melhor que o ano passado, estou eu navegando por algumas mídias e deparo com alguns grandes Fdps se achando Nostradamus, em geral discorrendo sobre a pandemia, profetizando o prenúncio do Apocalipse, além de subjetivamente desejarem um ano pior para aqueles que não têm a mesma ideologia que eles.

Não desejo o mal de ninguém.

Vou continuar com fé e confiança de que as coisas aos poucos irão melhorar.

Esse ano que se findou, foi como um tombo de bike em nossas vidas.

A gente demora um segundo pra cair e depois um tempão pra se recuperar.

Mas a gente se recupera.

E voltamos mais fortes e mais experientes.

Mas, sempre existe o especialista pra falar:

- Que estrago!

- Você nunca mais vai poder andar de bike.

A vida mostra que podemos tudo.

Vou contar uma pequena história sobre a minha ida do futebol e surf para o Triathlon (já mencionada neste Blog, mas em outros contextos).

Em 1.995, jogando 10 partidas seguidas de futsal, tive uma lesão muito séria no Tendão de Aquiles da perna direita.

Um rompimento quase que total.

Um grande amigo me levou ao "melhor" ortopedista da Baixada Santista, na época, que trabalhava numa instituição desportiva muito famosa e que, segundo comentários, ferrou muitos jogadores dessa instituição.

Bom... Chegando lá, o cara me analisou muito superficialmente e disse:

- Você se ferrou todo.

- Volta aqui amanhã, que vou te operar e depois tu vais voltar a ser um ótimo atleta.

- Vais poder jogar pebolim, bilhar, canastra, dominó...

Nunca voltei!

Fiquei um ano me curando à minha custa e à custa da Neuzita, me servindo como muleta além de tudo.

Andando, primeiramente com muita dificuldade.

Depois, melhorando e andando com a água na cintura por dentro do mar, até me curar.

Então, ano seguinte, iniciei no Biathlon.

Gato de Rua, em São Vicente. Meio capenga ainda. Meus parceiros eram simplesmente Baltazar, Mineiro, Eugênio Malavasi, Sidney Sauro (na assistência), Stephan, etc.

Depois disso, ainda vieram alguns Biathlons do Núbio.

Isso ainda com apenas 39 anos.

Daí para o Triathlon foi um pulo.

E que pulo!

Correndo descalço e pedalando numa bike comum, sem marchas. kkk

Hoje, com 63 anos...

·         Tenho 7 Ironmans completados, todos em Floripa.

·         Vários Long Distance.

·         Muitos Troféus Brasil.

·         Muitos Internacionais de Santos, sendo inclusive, campeão em minha categoria.

·         Ainda, tenho 3 "Insanos" em Guaratuba, nos quais fui campeão nas 3 vezes em que participei.

·         Também fui à Eslováquia para o Mundial de Challenge Long Distance e fiquei em 13º do mundo em minha categoria. Motivo de muito orgulho numa competição mundial.

  

Mas, esta história pra dizer o quê ?

O desfecho dela ilustra minha intenção...

Um dia, do nada, encontrei com o tal "melhor ortopedista" na rua, que obviamente não me reconheceu.

E pude dizer a ele:

- Ainda bem que o senhor não me operou.

Com certeza, ele não entendeu e nem vai entender.

 

Dó de quem prega a desgraça.

E digo com muita convicção que dó é um sentimento muito ruim.

Ainda assim, tenho dó dessas pessoas.

Uma coisa é pregar a real.

Outra é pregar a desgraça.

Principalmente sendo "especialistas".

 

Que Oxalá abençoe todos.

3AV

Marco Cyrino

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