Nesta
época de Natal e virada de ano, a gente, querendo ou não, acaba fazendo uma
retrospectiva deste ciclo que vai se encerrar e, ao mesmo tempo, planejando o
novo ciclo que se iniciará.
Como
se cada ciclo se encerrasse apenas no dia 31/12 e o próximo se iniciasse apenas
no dia 01/01... ou 02/01, porque dia 01/01 não é dia de iniciar "pourra"
nenhuma.......rsrsrs.
A
gente não percebe que cada ciclo pode iniciar e terminar em qualquer dia entre
essas duas datas.
Não entre 31/12 e 02/01.
Mas sim entre 02/01 e 31/12.
Quem
acompanha este Blog desde o seu início já sabe da minha história no Triathlon,
embora o Blog tenha "nascido" bem depois de eu ter iniciado nesse
esporte.
Bom,
foram inúmeras postagens sobre tudo referente ao Triathlon e sobre minha
caminhada nele.
Tem
de tudo.
- Treinos? Tem!
- Perrengues? Tem!
- Relatos de provas?
Teeeeeeeeemmmmm! Muitos.
- Coberturas
fotográficas das provas pela "Neuzita"? Teeeeemmmmmmm!
- Coberturas de
viagens? Tem.
- Dicas disso e
daquilo para provas? Muitíssimas!
Enfim,
é só vasculhar o Blog, que quem quiser vai achar de tudo.
Tem
até alguns assuntos que não são exatamente sobre Triathlon, mas, por serem de
esporte (surf e futebol, em sua maioria) acabam se conectando.
Retornando
ao primeiro parágrafo, tenho feito não só um retrospecto deste "ciclo"
do ano de 2024.
Tenho
feito um retrospecto do que já passou nestes meus mais de 67 anos de vida e um
planejamento para meus próximos 67 anos... rsrsrs.
Falando
apenas sobre minha vida Triathlética: já deu!
Infeliz
ou felizmente.
Infelizmente porque, depois de quase 30 anos desse
esporte, me aposentei dele. Mas com sabedoria.
Felizmente porque todo o tempo necessário a cumprir
as provas utilizo para coisas que, hoje, me são mais importantes.
Foram
anos, décadas, de conciliação de compromissos profissionais (hoje estou, graças
a Deus, aposentado), familiares (também graças a Deus, com o apoio de todos),
pessoais, com os treinos passados (e exemplarmente cumpridos) pelos poucos
profissionais da área que tive.
Dentre eles, Fabio Mattos, o meu primeiro técnico,
quando eu ainda corria descalço.
Depois, veio o Ivan Yague.
Por último e até hoje (mesmo eu não praticando mais
o Triathlon), meu irmãozão adotado, Silvio Luiz Marques.
Em
2.018, depois de ganhar tudo que eu nunca imaginei que iria ganhar (Challenge,
Internacional de Santos, Insano) ainda tive a honra de participar do Mundial de
Long Distance na Eslováquia pela franquia Challenge, onde me tornei o 13º
melhor do mundo em minha categoria 60+.
Ao voltar ao Brasil ainda ganhei mais uma prova do
Insano em Guaratuba – PR.
Depois ainda fiz, no final do ano, mais uma prova
do Challenge em Floripa e novamente me classifiquei para o Mundial, novamente
na Eslováquia.
Início
de 2.019, resolvi fazer "aquele ano sabático", onde não iria seguir
planilha nenhuma.
Depois
veio a pandemia.
Ela
se foi, mas a preguiça ficou........kkk.
Brincadeira.
É
que, a partir dali, percebi que teria coisas mais importantes a fazer e que
minha vida não se resumia ao Triathlon.
Em
primeiro lugar:
- Família que sempre
me apoiou.
- Minha esposa, que,
se eu vacilar, ainda me inscreve em alguma prova. Ela gosta... kkk.
- Meus irmãos e irmãs
de caminhada espiritual.
Meu
Triathlon da vida, estou tentando cumprir com honra até a chegada.
Como,
graças a Deus, até hoje consegui fazer.
Inclusive,
a coisa que mais me dá orgulho nessa jornada do Triathlon é nunca ter desistido
de nenhuma prova.
Não é ter vencido essa ou aquela prova.
É TER CONCLUÍDO TODAS.
Principalmente os 7 Ironmans.
Foram tempos difíceis, viu?
E nunca alcancei objetivos de tempo.
Mas, alcancei o principal.
Ter cumprido a missão.
Penso
que, em minha vida, já cumpri a longa etapa de natação.
Deve ter sido entre 0 e 17 anos de idade.
Nadando com a cabeça pra fora d'água, tentando
sobreviver.
Depois,
a T1.
Aquela transição em que nos preparamos para a
próxima etapa, nos estruturando e aprumando para que tudo possa dar certo.
Depois,
o enorme percurso de ciclismo.
Ah! Esse eu acho que cumpri muito bem, embora não
com a "classificação" que poderia ter.
Sim, deve ter sido entre os 18 e 60 anos.
É quando a gente tem que fazer o "pé-de-meia"
de nutrição, para aguentar a última fase do Ironman.
E... atualmente, ainda
estou na T2, me preparando com toda a calma que sempre tive nessa transição, para
poder aguentar a última fase do Ironman, que também é muito longa (graças a Deus, novamente).
É
só aquela maratona de 42 km que parecem 420 km, depois de tudo que já fizemos.
Que esses 420 km, que ainda tenho que cumprir,
sejam exatamente como os dos 7 Ironmans concluídos.
Porque sei que. neles, sofrerei com dores, com perdas,
com vontade de parar...
Mas, também sei que vou encontrar muita gente
durante a maratona, me dando força, energia, apoio, coca-cola e tudo aquilo de que
eu precisar para poder completar o Ironman e os Triathlons da vida.
Ao
Triathlon (e aos demais esportes) só tenho agradecimentos.
Ele
me ensinou muito durante todo o percurso e, mesmo não o praticando mais,
continua me ensinando.
Sem
ele, creio que não teria tanta força, resiliência e tudo o mais que aprendi.
Conselho
de quem já fez muita merda:
Não se apeguem tanto ao Triathlon, mas ao que os fará
felizes.
3AV
Marco Cyrino
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