domingo, 22 de dezembro de 2024

Triathlons da Vida

 
Nesta época de Natal e virada de ano, a gente, querendo ou não, acaba fazendo uma retrospectiva deste ciclo que vai se encerrar e, ao mesmo tempo, planejando o novo ciclo que se iniciará.
 
Como se cada ciclo se encerrasse apenas no dia 31/12 e o próximo se iniciasse apenas no dia 01/01... ou 02/01, porque dia 01/01 não é dia de iniciar "pourra" nenhuma.......rsrsrs.
 
A gente não percebe que cada ciclo pode iniciar e terminar em qualquer dia entre essas duas datas. 
 
Não entre 31/12 e 02/01.
Mas sim entre 02/01 e 31/12.
 
Quem acompanha este Blog desde o seu início já sabe da minha história no Triathlon, embora o Blog tenha "nascido" bem depois de eu ter iniciado nesse esporte.
 
Bom, foram inúmeras postagens sobre tudo referente ao Triathlon e sobre minha caminhada nele.
Tem de tudo.
 
  • Treinos? Tem!
  • Perrengues? Tem!
  • Relatos de provas? Teeeeeeeeemmmmm! Muitos.
  • Coberturas fotográficas das provas pela "Neuzita"? Teeeeemmmmmmm!
  • Coberturas de viagens? Tem.
  • Dicas disso e daquilo para provas? Muitíssimas!
Enfim, é só vasculhar o Blog, que quem quiser vai achar de tudo.
 
Tem até alguns assuntos que não são exatamente sobre Triathlon, mas, por serem de esporte (surf e futebol, em sua maioria) acabam se conectando.
 
Retornando ao primeiro parágrafo, tenho feito não só um retrospecto deste "ciclo" do ano de 2024.
 
Tenho feito um retrospecto do que já passou nestes meus mais de 67 anos de vida e um planejamento para meus próximos 67 anos... rsrsrs.
 
Falando apenas sobre minha vida Triathlética: já deu!
Infeliz ou felizmente.
 
Infelizmente porque, depois de quase 30 anos desse esporte, me aposentei dele. Mas com sabedoria.
 
Felizmente porque todo o tempo necessário a cumprir as provas utilizo para coisas que, hoje, me são mais importantes.
 
Foram anos, décadas, de conciliação de compromissos profissionais (hoje estou, graças a Deus, aposentado), familiares (também graças a Deus, com o apoio de todos), pessoais, com os treinos passados (e exemplarmente cumpridos) pelos poucos profissionais da área que tive.
 
Dentre eles, Fabio Mattos, o meu primeiro técnico, quando eu ainda corria descalço.
 
Depois, veio o Ivan Yague.
 
Por último e até hoje (mesmo eu não praticando mais o Triathlon), meu irmãozão adotado, Silvio Luiz Marques.
 
Em 2.018, depois de ganhar tudo que eu nunca imaginei que iria ganhar (Challenge, Internacional de Santos, Insano) ainda tive a honra de participar do Mundial de Long Distance na Eslováquia pela franquia Challenge, onde me tornei o 13º melhor do mundo em minha categoria 60+.
 
Ao voltar ao Brasil ainda ganhei mais uma prova do Insano em Guaratuba – PR.
 
Depois ainda fiz, no final do ano, mais uma prova do Challenge em Floripa e novamente me classifiquei para o Mundial, novamente na Eslováquia.
 
Início de 2.019, resolvi fazer "aquele ano sabático", onde não iria seguir planilha nenhuma.
Depois veio a pandemia.
Ela se foi, mas a preguiça ficou........kkk.  
Brincadeira.
 
É que, a partir dali, percebi que teria coisas mais importantes a fazer e que minha vida não se resumia ao Triathlon.
 
Em primeiro lugar:
 
  • Família que sempre me apoiou.
  • Minha esposa, que, se eu vacilar, ainda me inscreve em alguma prova. Ela gosta... kkk.
  • Meus irmãos e irmãs de caminhada espiritual.
Meu Triathlon da vida, estou tentando cumprir com honra até a chegada.
Como, graças a Deus, até hoje consegui fazer.
 
Inclusive, a coisa que mais me dá orgulho nessa jornada do Triathlon é nunca ter desistido de nenhuma prova.
 
Não é ter vencido essa ou aquela prova.
É TER CONCLUÍDO TODAS.
Principalmente os 7 Ironmans.
Foram tempos difíceis, viu?
E nunca alcancei objetivos de tempo.
Mas, alcancei o principal.
Ter cumprido a missão.
 
Penso que, em minha vida, já cumpri a longa etapa de natação.
 
Deve ter sido entre 0 e 17 anos de idade.
Nadando com a cabeça pra fora d'água, tentando sobreviver.
 
Depois, a T1.
 
Aquela transição em que nos preparamos para a próxima etapa, nos estruturando e aprumando para que tudo possa dar certo.
 
Depois, o enorme percurso de ciclismo.
 
Ah! Esse eu acho que cumpri muito bem, embora não com a "classificação" que poderia ter.
 
Sim, deve ter sido entre os 18 e 60 anos.
É quando a gente tem que fazer o "pé-de-meia" de nutrição, para aguentar a última fase do Ironman.
 
 
E... atualmente, ainda estou na T2, me preparando com toda a calma que sempre tive nessa transição, para poder aguentar a última fase do Ironman, que também é muito longa (graças a Deus, novamente).
 
É só aquela maratona de 42 km que parecem 420 km, depois de tudo que já fizemos.
 
Que esses 420 km, que ainda tenho que cumprir, sejam exatamente como os dos 7 Ironmans concluídos.
 
Porque sei que. neles, sofrerei com dores, com perdas, com vontade de parar...
 
Mas, também sei que vou encontrar muita gente durante a maratona, me dando força, energia, apoio, coca-cola e tudo aquilo de que eu precisar para poder completar o Ironman e os Triathlons da vida.
 
 
Ao Triathlon (e aos demais esportes) só tenho agradecimentos.
 
Ele me ensinou muito durante todo o percurso e, mesmo não o praticando mais, continua me ensinando.
 
Sem ele, creio que não teria tanta força, resiliência e tudo o mais que aprendi.
 
Conselho de quem já fez muita merda:
 
Não se apeguem tanto ao Triathlon, mas ao que os fará felizes.
 
3AV
Marco Cyrino
 
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14 comentários:

  1. Boa, tiozão. O importante é ter acumulado blocos sólidos no castelo e escolher sempre ambientes inéditos para a caminhada. TMJ 🫂🙏🏊🏃🚴🍻🥂🍰✅✅✅🍀🍀🍀

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  2. Graaande Marcão. Pelo menos você pode dizer que viveu o triathlon com toda intensidade que ele pede.
    Deixou seu nome na história do triathlon. Espero que eu consiga diferenciar estes momentos felizes.
    Grande abraço.

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    1. Vivi e estou vivendo sim. Claro que vais conseguir. Abração.

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  3. Que incrível ver sua dedicação e preparação! A última fase do Ironman realmente exige muita resistência, mas com sua calma e foco, tenho certeza de que você vai superar mais esse desafio. Continue firme e boa sorte na reta final

    Rayra aqui!

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  4. Tenho muito orgulho de ter conhecido a dedicação em pessoa, não só no esporte mas na caminhada da vida. Sou eternamente grato pelo exemplo de pessoa que conheci e honrado por tê-lo como padrinho.

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    1. Eu que sou grato por conhecer pessoas como tu. Só espero ter ajudado alguém em minha caminhada.

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  5. Muito boa retrospectiva caro Marco, Santa Eslováquia sempre dando aquela força 🤪, um exemplo a ser seguido, parabéns pelo conjunto da obra.🙏🤜🤛

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    1. Valeu, Zé. Obrigado pela postagem. Salve Santa Eslováquia.......kkk

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  6. Meu grande amigo. Ler seu blog é revigorante, é maravilhoso. Acho que passamos a maior parte do triathlon da vida nos divertindo, e agora, nos 420 km que será diferente. O tio Mosquito sempre me "motivava" dizendo que no ironman, quando chegássemos ao km 19 da maratona, só faltava a "outra metade" do iron, então calma que só falta metade do triathlon da vida. ALOHA 🤙🏽

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    1. Valeu, Vôlela. Brigadão pelo comentário. Quer dize, pelo post.......kkkkkk.

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