sexta-feira, 9 de junho de 2017

Relato de Prova II - Ironman Floripa 2017


Propositalmente, deixei de lado alguns tópicos sobre a prova e minha estadia em Santa Catarina.
Imaginem o tamanho que ficaria o post, se tivesse "escrevinhado" tudo... rsrsrs.

Nenhum destes tópicos é menos (nem mais) importante do que os já relatados, mas é que o objetivo principal (e fugi muito dele) daquela postagem (Ironman Floripa 2017 - Relato de Prova) era falar apenas sobre a prova em si.

E, bocudo que sou (ou seria mãozudo, já que estou "escrevinhando" e não falando?), ainda abordei vários temas fora da prova propriamente dita.

Prometo que este post será bem menor do que o primeiro.
Porém, saibam que sou pós-graduado em "Quebração de Promessas".


1 – Viagem

Fizemos uma excelente viagem, mesmo saindo de Santos ao meio-dia da terça-feira.
Sempre nos programamos para sair cedo e arrumar todas as tralhas com antecedência.
Sempre saímos tarde e arrumamos todas as tralhas em cima da hora, ou seja, na véspera.
No problem. Viajamos a passeio. 710 km feitos em aproximadamente 9h30m. Com paradas para almoço, xixizadas, lanches, xixizadas, etc.
Não nos estressamos. E esse é o espírito da viagem para nós.


2 – Chegada e estadia em Floripa:

Pretendia chegar e dar um trotezinho de uns 30 minutos. Mas, às 21:30h, nem pensar. Foi o tempo de tirar tudo do carro (e vocês não imaginam o que é o nosso "tudo"... parece que ficaremos um ano fora de casa), levar para o quarto e sair para jantar/lanchar.

Nossa recepção e estadia na Pousada dos Chás, em Jurerê Tradicional, foram monótonas. Porque são sempre ótimas. Lena e seus filhos, Guilherme e Lívia, bem como seus funcionários, principalmente o Gaston e a ...... (Perdóname... no recuerdo su nombre, que tan bien nos atendió), tratam a todos os hóspedes e a nós, como se da família fôssemos.
Falo pela Neuza e por mim agora. Criamos uma relação um pouco maior do que amizade com a Lena.
Tivemos oportunidade de ficar conversando por horas e constatando nossas afinidades.

No dia da prova, às 4:30h da matina, já havia um belo café da manhã para quem quisesse ou precisasse.

No retorno da prova, já lá pelas 22:00h, havia um buffet de sopas... caldo verde, canja, etc.

Isso para não falar do Chá da Tarde, tradição dessa pousada, que é um verdadeiro jantar, só que no final de tarde.

Ainda viabilizaram nosso traslado para a prova, em plena madrugada do domingo.

Show... shhhooowww... ssshhhhhhhhooooowwwwwwww !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


3 – Prova

Algumas considerações que não fiz no post anterior:


Transições
3.1 – A transição, tanto de entrada, quanto de saída da prova, estavam ótimas.

3.2 – Os banheiros químicos estavam em um verdadeiro lamaçal. Ainda bem que só utilizei um, antes do ciclismo... e para fazer o número 1... saí com lama até os tornozelos... mesmo assim, "pulando amarelinha" entre a lama e o mato.

3.3 – Staffs dentro das transições muito bem treinados. Todos sabiam como proceder. Mesmo em casos mais específicos, como alguns que presenciei. Parabéns.

3.4 – Hidratação e alimentação dentro das transições também em nível "ótimo".


Natação
3.5 – Já disse o que penso sobre a largada em ondas. Porém, com acontecimentos de ressaca como os que ocorreram recentemente, não imagino como seria uma largada única, com 2.400 atletas em uma faixa de areia de pouquíssimos metros. Como o serumanu não cuida da natureza, acho que Jurerê está jurerando. De 2009 (quando pisei pela primeira vez naquelas areias) para 2017, quase não existe mais a faixa de areia.

3.6 – No final da primeira perna da natação, a platéia não cabia naquele pequeno espaço. Culpa nenhuma da organização.

3.7 – Chegada da natação... muito bom.
Primeiramente, pelo fato de termos terminado a primeira prova.
Segundamente, por estarmos olhando para frente, ao redor e para trás e vendo muita gente em todos os focos.
E, terceiramente, pela competência dos staffs... deitávamos no chão e retiravam nossas roupas de borracha com apenas um tranco. Tive que pedir ao Maguila que retirou a minha para devolver minha bunda, que saiu junto com a roupa, tamanho foi o tranco que tomei.
De bôa... é só zuação... o Maguila é gente fina...


Ciclismo
3.8 – É sempre um verdadeiro desafio começar a pedalar debaixo de chuva.
Agora, começar, meiar e terminar debaixo de chuva... é phoda.
Portanto vamos pra frente.

3.9 – O Núbio... ôps... o Galvão (kkkk) disse no simpósio que tanto água quanto isotônico (me recuso a mencionar a marca Gatorade) seriam distribuídos, no ciclismo, em caramanholas.
E que a água, na corrida, seria em garrafas de fácil abertura.
APLAUSOS ENTUSIÁSTICOS.

E assim foi...
Água  e isotônico em caramanholas que, eu pelo menos, não conseguia ingerir ou colocar nos locais da bike.
Penso, humildemente, que ele, o Galvão, pode ter comprado (ou feito uma licitação de) um lote de caramanholas pelo melhor preço e/ou pela melhor qualidade. Talvez tenha optado pelo primeiro aspecto.

Todas... TODAS... TTTOOODDDAAASSS as caraminholas que peguei, fossem de água ou de isotônico, abriam a tampa, ou o bico saia em minha boca, ou simplesmente, acreditem, simplesmente rasgavam ao tentar ingerir seu conteúdo.

O barato sai caro. Não para ele... para nós.

3.10 – Buracos pra cacete... mas sem culpa da organização... choveu muito nos dias anteriores à prova.

3.11 – Sem mais comentários, tampouco reclamações.


Corrida
3.12 – Não consigo lembrar de nada contra nem a favor da organização, nessa parte da prova. Já é a parte em que estamos lutando pela sobrevivência. Não conseguimos prestar muita atenção em detalhes que não sejam voltados ao próximo km a ultrapassar.

3.13 – E me contradizendo, ao falar que não lembrava de nada a favor ou contra, lembrei:
A favor: A qualidade e quantidade dos staffs, bem como a qualidade e quantidade de alimentação e hidratação oferecidas.

Contra: O percurso!!!  Dá pra tirar o "Cantinho da Depressão"??? kkkkk


Chegada
3.14 – Quero nem saber se foi boa ou ruim! Só sei que cheguei!!!


4 – Pós-prova

4.1 – Após o Pórtico de Chegada, já fui logo abordado por alguém que falou para outro alguém:

- "Este aqui está muito bem... dispensa o médico..."

Olhei pra ele e disse...
-"Pai... consegui de novo..."

Ele:

- "Chama o médico"
Kkkkk

Falando seriamente, cheguei tão bem, como nunca havia chegado.
Entrei na ala de massagem porque, além de dolorido, eu paguei essa p... Então, quero uma boa massagem.


Massagem
4.2 – Submeti-me a uma massagem Tabajara.
Nada contra as meninas que me massagearam. Porém, estagiárias que eram, se limitaram a fazer um acarinhamento em minhas "batatas das pernas" (sim... é o termo antigo para panturrilhas). Nesses momentos, a gente precisa de uma "massagem" mesmo.


Alimentação
4.3 – O Ponto Forte da prova.
Foi realmente do "caraleo".
Em outros anos, era uma briga para conseguir um pedaço de pizza simples, de algo sólido, enfim.

Vou enumerar o que aproveitei neste ano:

1-      Ao entrar na tenda de alimentação, dei de cara com um carrinho de pipocas. Doce e salgada. Peguei logo um pacote de salgada. Imaginem, depois de um Ironman, o que isso representa para nós. Medalha o cacete... eu quero pipoca salgada... kkk

2-      Andando com o saco de pipocas salgadas, deparei com uma bandeja de... Hot Dogs... completos...Uhuuuuu!!!

3-      Mais um pouco à frente e... Ana Maria... hummmm... e mais à frente o que vejo???
Um argentino, com um copo de chopp na mão. E era o cara que chegou logo atrás de mim. Nós nos abraçamos, nos parabenizamos e...

- "¿Dónde usted consiguió esa cerveza?"
- "Allí, justo em el lobby".
- "Gracias".

Foram 2 copos de chopp muito bem saboreados. É um excelente repositor de energias... rsrsrs


5 – Amizades

Fizemos inúmeras, mais uma vez.
Pessoal hospedado na Pousada dos Chás.
Rodney e Edna, Fellipe Santos, grande Triathleta profissional, Rogério e Silvana, Carmen (já amiga antiga, que revimos), Steffen Lask, o alemão que meteu 9h22m e papou a categoria 50-54, entre muitos outros.

Ainda teve a visita estratégica, pós-prova, na Pousada onde o Vagnão (Vagner Bessa) ficou hospedado em que ficamos conversando por algumas horas. Um papo que, caso não estivéssemos tão cansados, certamente atravessaria a noite.


6 – Escala estratégica

O retorno foi sensacional, com uma estadia de 4 dias e 5 noites, na casa de meu irmão José Roberto, minha cunhada Lia e meu afilhado Junior, que nos recebem sempre com muito amor e carinho e nos fazem sentir realmente em nossa própria casa.
Simplesmente maravilhoso. Ainda mais com a confraternização com a família da Lia (nem vou citar nomes, porque é enorme) e com as novas amizades feitas, entre elas Giba e Maria.


7 – A volta

Bom a volta é um misto de contentamento, pressa, saudades, etc.
Agora, é um mês para colocar as coisas em ordem... kkkkk.
Descansar e voltar aos treinos para o Challenge de dezembro, lá mesmo, em Floripa.

E depois, planejar os desafios para o próximo ano.
A Bertioga-Maresias solo está na mira. Vamos ver.



Aloha !!!

3AV
Marco Cyrino


4 comentários:

  1. Marcão, meu brother!! Ahh, treinar para um Iron é só um pouquinho mais que para um meio. Fácil! Bóra-la pra Floripa!! Lembra disso?? Ah ah ah ah parabéns mais uma vez. O nome da gringa da Pousada dos Chás é Andréa. Gente boa a Argentina. E ainda tem a Marina é a Cláudia. O único problema da hospedagem é conseguir manter a dieta com tanta coisa boa nos cafés da manhã e chás da tarde. Eh eh eh. Estaremos novamente lá em Floripa para Challenge !!! 🤘

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    1. Falaê, Fernando. Estás me devendo uma visita, heim ?
      Se eu lembro vc me dizendo que treinar para um Iron era quase a mesma coisa que para um meio ? Isso fica me martelando na cabeça até hoje....kkkk....seu safado, cafagonha, semvegeste (acho que errei alguma coisa)...
      Valeu por lembrar o nome do pessoal da Pousada...eu sou péssimo em memorizar nomes...já a fisionomia de alguém...também....huahuahua

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  2. Uau, guri! Que relato interessante! Acompanhamos a prova com a assessoria que treinamos aqui em Joinville (meu marido participará do Iron2018) e uma falha que me deixou muito irritada foi ver os guris da organização (ou melhor, os staffs) colocando água durante a prova de natação de vcs, no local onde seria entregue...não bastasse isso, teve a falta de água logo em seguida... sério, vcs pagam MUITO caro por isso para ter erros! É muito bom ter o olhar de quem estava dentro da prova, e também saber que teve muita coisa boa que acertaram ao fazê-lo!Espero que a de 2018 seja ainda melhor, afinal, os treinos por aqui estão a mil por hora e a inscrição está paga ;) ps.: A propósito, meu marido é natural de Santos rsrs
    Abraço!

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    1. Uau, guria ! (rsrsrs)...seja bem vinda a este Blog.
      Obrigado pelos seus comentários.
      Bom, nós, quando estamos dentro da prova, só conseguimos notar as falhas e os acertos da organização nos momentos em que passamos por cada local. Daí eu nem ter me tocado a respeito dessa falha absurda de deixarem faltar água na 1a perna da natação.
      As vezes eu relato falhas que apenas eu e outros poucos atletas perceberam e outras vezes relatam falhas que não percebi.
      Realmente é caro para ter falhas...mas ó...vale muito a pena, embora eu, particularmente, já tenha participado de outros 6, feitos pela mesma organização, com uma atenção um pouco maior ao atleta.
      Torcerei muito para que tudo dê certo para seu marido no período de preparação e, principalmente na prova ano que vem.
      Muito legal saber que ele é de Santos....quem sabe eu o conheça ?

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