domingo, 1 de abril de 2012

Chão

Este post não é sobre meteorologia (infelizmente).

Semana passada, adiei de sábado para domingo o treino longo de pedal, porque todas as previsões meteorológicas anunciavam chuva, muita chuva para a noite toda de sexta-feira, continuando pela madrugada e diminuindo apenas a partir da tarde do sábado.

Meteorologia x programação de horários
Para fazer um treino longo de bike, saindo bem cedo - por volta das 6h15, preciso dormir muito cedo porque não consigo treinar bem sem dormir o necessário.

Também preciso tomar um bom, um ótimo, um excelente café da manhã. E isso leva certo tempo, até mesmo para digerir o danado.

Logo, para sair 6h15m, tenho que acordar por volta das 4h45, no máximo.

Prefiro marcar esse tipo de treino para sábado, justamente para ter a opção de transferi-lo para domingo, caso ocorra algo impeditivo no sábado.

E foi isto que aconteceu na semana passada.
Previsão de chuva mais do que certa, necessidade de deitar por volta das 21h00 se fosse treinar...
Então, bóra fazer o longo no domingo.
Abortei o treino do sábado.
Resultado: Não caiu uma gota de chuva, das 24h00h de sexta-feira até a terça-feira.

Bom... treinei no domingão, mas não é o que prefiro.

Decisão: Não acredito mais em previsão meteorológica (acho que já decidi isto pelo menos umas 200 vezes).

Sem meteorologia x treino com chuva
Nesta semana, nem consultei as previsões, e fiz questão de não ver essa parte dos jornais na TV.

Deitei às 21h00, acordei às 04h30, tomei o excelente café da manhã, blá, blá, blá...

Às 05h40 estava tomando uma ducha e... começou a chover forte.
Muita água caindo.
Esperei um pouco, a chuva diminuiu e decidi ir a caminho da balsa.
No meio desse caminho, outro toró.

O dia não começou bem...

Cheguei à Ponta da Praia (Ferryboat) e estava seco.
Inclusive, os atletas que iriam comigo já haviam pego a balsa.
Chegaram 2 camaradas e fomos.
Hoje, seriam 125 km pelas rodovias Piaçaguera-Guarujá e Rio-Santos.
Pegamos o início do trajeto com pista molhada... muito bom para enlamear tudo.
Entrando na Rio-Santos (já ultrapassada a Faixa de Gaza), cada um vai no seu ritmo.

Acidente
Já quase no final da "perna de ida", por volta do km 55 do treino, chegando à Ponte das Ostras (apelido devido a ter umas barraquinhas que vendem ostras), deu-se o acontecido.

Local



É uma ponte curta, no máximo uns 50 metros, por cima de um riozinho.


Essa maledeta não tem acostamento, e tem duas mini valetas (sulcos na pista), uma de cada lado, com uns 5 cm de largura. O suficiente para derrubar qualquer ciclista que enfie as rodas nelas.

Ponte - detalhes pista & sulcos



Temos que passar por ela muito ligados e quase pelo meio da pista, para fugir desses sulcos.

Olhei para trás e vinha um único carro.
Preto, grande (Pajero, Santa Fé, Land Rover, sei lá...).

Olhei para frente e nenhum carro pela pista oposta.

Entrei na ponte mantendo uma distância de menos de um palmo do sulco, para que o carro tivesse ainda mais espaço (ele só tinha as duas pistas para ocupar...tadinho).

Comecei a ouvir um “buuummmm, bummmmmm, bummmmmmm se aproximando.
O motorista deve gostar muito de funk com batidão no último volume, daqueles que disparam os alarmes dos carros estacionados.

Bom... levei um totó do espelho retrovisor dele, no braço esquerdo.

O suficiente para me direcionar a roda dianteira para a valeta e...
No rítimo do funk que ele estava ouvindo (provavelmente) eu fiz:


“Chão, chão, chão...chão-chão-chão!!!

Eu estava devagar, a uns 28 km/h, e não estava clipado.
Talvez, se tivesse clipado não houvesse sido tocado.
Vai saber...

Até agora não sei dizer o quanto eu poderia ter evitado isso.
Tenho certeza de que ele poderia.

Tenho que rever ainda mais meus conceitos de segurança.

Quero parar por aqui, porque a mim bastava ter parado antes da ponte e aguardar o trânsito ficar literalmente sem carros nas 2 pistas, mesmo que isso levasse 2 dias. 

Saldo
O saldo não foi dos piores, espero.

Ralões no joelho e cotovelo esquerdos, nos dedos da mão direita, vários hematomas, músculos doloridos (na verdade o corpo inteiro...) e, com certeza, algum prejuízo nos próximos treinos, principalmente natação.

A bike vai bem, obrigado.






Apenas, alguns registros do que pode acontecer em uma fração de segundo.

Marco Cyrino

6 comentários:

  1. Mas que chato isso, mas pelo menos vc tirou algum ensinamento do ocorrido.

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  2. Marcão, eu quase caí sozinho ontém, por causa desses maledetos sulcos. O cara parou pra ajudar?

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  3. Cézar,
    Não parou não. Ainda bem...rsrsrs

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  4. Kkkkkk....parece eu, caindo de madura....as fotos dão até agoniaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!! Beijos e se cuida! ANA PAULA

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