quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Semi-desconectado


Não... não sou um Neanderthal quando o assunto é tecnologia.
Sou Neannormal.

Não sou aficionado, tampouco um ermitão.
Tento ficar na medida certa.
Difícil, viu?

Atualmente, a cada dia, proliferam redes sociais, aplicativos disso e daquilo.
Evidentemente, todos têm seus lados A e B.
As duas faces da moeda.

WhatsApp, Instagram, Twitter, Facebook... tudo de bom...
Má, peraí!!!

Um caso...
Um dia, bateram na traseira do meu carro.
Parei na faixa de pedestre para esperar o pessoal atravessar e fiquei olhando no retrovisor... pensei:
- “Vai dar ruim”
Deu!
A muié vinha teclando na porra do celular, provavelmente no uatizap, e só tive tempo de tirar o pé do freio para o estrago não ser maior.
Já contei isso em outro post...

Desci do carro e a mulher jogou o celú no banco do carona...
Abriu a porta se desculpando, e fez o possível e o impossível para eu não ver o telefone dela, ainda aceso, conectado a uma rede social.
Passou... podia ter sido pior.


Relutei muito (e sempre reluto antes de tomar algumas decisões) para entrar em Orkut (lembram disso???) e depois no Facebook.

Confesso que é difícil ficar longe dessas “pragas”.

Também confesso que entrei nessas redes sociais muito mais por curiosidade do que outra coisa qualquer.


Aparte...
Quando, incentivado por meu irmão Alfredo, finalmente resolvi lançar um Blog sobre Triathlon, achamos que as redes sociais seriam uma boa ferramenta para divulgar meus posts.

Paralelamente a isso e, por precaução, registramos nossa marca “3atlhonnaveia” e “triathlonnaveia”.

Apenas um aparte no contexto...

Como surfei a maior parte da minha vida, sempre me referi ao esporte e ao lifestyle como “surf na veia”.

Daí, a analogia.

As redes sociais são um perigo.

Se dermos asas, deixamos muitas coisas de lado e passamos a viver apenas num mundo virtual.

Presenciei a implantação dos primeiros “tijolos”, quer dizer, celulares com antenas (que não funcionavam).

Presenciei a implantação de computadores nas empresas, inclusive, evidentemente, naquela em que trabalho.

Um exemplo
Constantemente, fico indignado quando, na empresa, presencio situações de pessoas trocando e-mails infinitos sobre um determinado assunto, ao passo que uma simples ligação telefônica poderia resolver o problema.

Sei que os e-mails, por copiarem várias pessoas, as colocam a par do que está sendo tratado. Mas, o assunto poderia e deveria ser resolvido em uma ligação, oficializando-se depois, por e-mail, a solução encontrada.

Mas não...
Quando você percebe, passou o dia inteiro lendo e-mails.
Produtividade zero.

E depois, encontro vários dos envolvidos naqueles e-mails comentando:

- Puts...hoje o dia foi osso. Cheio de problemas.
 Mas consegui resolver todos.

TODOS???


Mas, o principal motivo deste post  é que pensei que a coisa havia atingido já o pior dos níveis.
SQN (viram como estou atualizado no linguajar internético facebookwahtsAppiano?)

A Manuela virou para o lado dos esportes.

Surf, agora, só vale a pena se for de GoPro em punho. E preferencialmente postando após cada onda surfada o vídeo da própria (Claudio Miler vai ficar puto...kkk).

Os treinos de bike, corrida, natação idem.

Na academia, tenho visto boa parte dos atletas (???) interrompendo seus treinos para lerem/postarem coisas nas redes sociais.

Volto a falar, nada contra nenhuma ferramenta tecnológica.

Investi em um EDGE 510 para minha bike e, sinceramente, estou voltando para um Cateye convencional.

Cansei de ficar me preocupando com o satélite, com a altimetria (porra, vou ter que subir mesmo) com a potência... ( ah... isso ele não mede).

Uso apenas nos treinos de corrida o meu Garmin Forerunner 310XT (aquele laranjão) para monitorar o pace, tempo e distância total, assim como a FC.
Nunca descarreguei um treino no computador.


Estou certo?
Provavelmente não.
Mas não quero usar (ia escrever “perder”) todo o meu tempo com isso.
Não quero um dia me encontrar em uma mesa de restaurante, com minha mulher, amigos, sei lá, sem proferir nenhuma palavra... todos conversando ali pelas redes sociais.
O problema não é o uso. É o uso excessivo.


Um excelente vídeo sobre o que penso...




3AV
Marco Cyrino


6 comentários:

  1. Eu te amo Marcão !!!!! kkk
    E acho maior barato sim, registrar momentos, ahhh....se Gopro existisse quando eu era muleque arrepiava nos Half Pipes da vida, seria um sonho !

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    1. Como disse ao final do texto, Cláudio...o problema é o uso excessivo. Tu não vai deixar de se divertir para filmar. Não vai deixar a onda passar...
      E o amor é lindo...kkkk

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    2. S2
      S2
      S2
      Ahhhh...te espero no mar, vou filmar uma onda tua e tu vai pirar, vou divulgar em tudo que é rede social, pra tu aprender ! hahaha

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    3. Boa...combinado. Eu é que não vou filmar nenhuma tua...
      Já é raro eu surfar hoje em dia...então nesse dia só farei surfar....rsrsrs

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  2. Em meio a madrugadas, éis que seu texto hoje foi de muita valia. Muito bom Marco.
    O excesso estraga num geral muitas coisas.

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    1. Ô, Shirley...surpreso e contente com sua visita ao Blog e com seu comentário.
      Certíssimo. O excesso em tudo na vida torna-se um problema,

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