segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Os empurrões do destino


Já escrevi sobre tantos temas no Blog que, provavelmente, até devo ter abordado este, porém de forma diferente.

Talvez apenas como um Relato de Prova, ou outro tema que se relacionou com este.

Desta vez, o enfoque será outro.
Perdoem pela eventual recorrência de temas.

Vamos lá...


Antigamente...

O Troféu Brasil tinha suas provas de Profissionais Masculino e Feminino, Elite e Short.

A categoria Elite era apenas para Amadores que obtivessem determinados índices (tempos nas provas de Short), os quais eu não tinha a menor possibilidade de alcançar.

Os participantes da Elite faziam a Distância Olímpica.

Meus resultados no Short eram suficientes para me contentar, mas não para que eu me esforçasse para um melhor desempenho, face à diferença em relação aos demais da categoria.

Tipo assim... Eu fazia Triathlon (e ainda faço) apenas para mim.
Mas, não tinha nenhum empenho em treinar especificamente para o Triathlon.


Daí, em 2007...

O Núbio resolveu abrir a Elite ou Olímpico para todos.

Porém, em cada etapa da prova (natação, ciclismo e corrida), havia um tempo determinado para que o atleta completasse. Caso contrário, seria retirado da prova.

Essa prova, no meu caso, foi o divisor de águas.

Então, me inscrevi, treinei como um louco, sem assessoria, sem equipamentos adequados, sem pourra nenhuma.

Eu estava entrando na Categoria 50/54.

Meus objetivos eram:

1º - Terminar a prova dentro dos tempos programados.
Já havia feito algumas provas do Internacional de Santos (Olímpicos), porém, nem de longe minhas parciais correspondiam aos tempos de corte.

2º - Não ser o último de todos - aquele que vem com a moto da organização comboiando e, atrás dela, os staffs retirando os cavaletes, cones, etc.


Fiz a prova e...

Acabei a natação dentro do tempo.

Acabei a primeira volta do ciclismo (que era limitador de corte também) dentro do tempo.

Acabei o ciclismo, inteiro, dentro do tempo.

A corrida foi na base do phoda-se...

Era um circuito de duas voltas de corrida, como ainda é hoje.
Portanto, na primeira volta, a gente não sabe quem está à frente ou atrás.
Na segunda volta vem a certeza... que está atrás, está atrás... kkk

Depois de fazer o retorno para os últimos 2,5 km de corrida, comecei a nem me preocupar com o meu tempo, e sim ver se tinha alguém ainda indo para o retorno.

Contei 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7... 10...
Parei de contar e abri um sorriso que não cabia na cara.

Principalmente porque a maior parte dos que estavam atrás eram bem mais novos do que eu.

Acabei a prova e fui confraternizar com a Neuza e meus familiares,  que me esperavam na linha de chegada.... depois, tomar uma ducha e arrumar minhas coisas para irmos embora.

Estava satisfeitíssimo com minha a performance.
Pourra! Concluí uma prova na Categoria Elite Amador.

A Neuza, sempre ela, me convenceu a ficar para ver a premiação.
Eu nem tinha intenção, acostumado que estava com as minhas colocações.

Quando chegou a premiação da minha categoria, o locutor falou:

- Em segundo lugar, Fulano de Tal
(Sinceramente, que o segundo colocado me perdoe por não lembrar seu nome. Ainda vou procurar os resultados desse ano, para lhe dar os créditos).

Pensei e falei para Neuza, meu irmão e minha cunhada:

- Xiiii...... Deu ruim..... Devo ter extrapolado o tempo de alguma etapa.... (embora, na minha cabeça, soubesse que não)... rambóra...

Aí o locutor me interrompeu.... kkkk..... dizendo:

- E o grande campeão é Marco Antonio Pinheiro Cyrino.

Quase caí de cara no chão.

Imaginem minha alegria.


Indo para os finalmentes...

Essa prova foi o divisor de águas, porque, a partir dela, comecei a levar o Triathlon a sério, inclusive passando a procurar assessorias técnico-esportiva, nutricional e as demais necessárias.

Qualquer hora conto mais sobre minha trajetória de surfista e futebolista para Biathleta, Triathleta de Shorts, de Olímpicos, de Long Distance, de Ironman, etc.

Mas, o que apenas meus próximos sabem... e isto não poderia deixar de dizer aqui, é que, talvez, o maior responsável seja o Joachim Doeding.

Sim, ele mesmo, um ultra, mega, hiper campeão.

Se alguém quiser saber mais sobre ele, que pesquise.
O Cara é simplesmente o Cara.

E ele estava nessa prova, na minha categoria, e iria ganhar com um pé atrás.

Só que algum fiscal deu um amarelo pra ele e depois o desclassificou por um suposto xingamento.

Sinceramente e, sem querer depreciar algum fiscal de prova, eu nunca daria um amarelo para o Joachim, achando que ele estivesse no vácuo de alguém... Um cara que, em provas de Long Distance, pedala para 40 km/h de média...

E eu, na época, não sabia nada sobre quem era quem, nem sabia quantos e quais estavam em minha categoria.

Só sei que o Joachim fez muito bem em xingar o fiscal.....kkkkk

Talvez, se isso não tivesse acontecido, eu não houvesse feito o que já fiz.

Daí o tema Empurrões do destino.


Aloha !

3AV
Marco Cyrino



5 comentários:

  1. Grande Marcão. Me alegrei em ver que começou a despontar na categoria 50-54, isso porque a partir do ano que vem é a minha.kkkkk eu lembro desta categoria, mas nunca me atrevi a entrar. Esse ano faço 30 anos de triatlo, e acho que chegou minha vez.kkkkkkk ou já passou? Quem sabe. Abração

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    1. Renê....feliz por mais um comentário teu. Pense: Os empurrões do Destino....é isso, véio. A hora é agora...

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  2. Marcão - 1º - 2h34'09
    Tadeu Antonio Ferreira - 2º - 2h48'12

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  3. Na segunda etapa tu ficou em quarto, na terceira etapa não competiu, na quarta tu ficou em quarto, na quinta tu ficou em quarto, na sexta tu ficou em sexto, na sétima tu ficou em quarto. O campeonato eu não consegui achar a classificação.

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    1. Pourra....demorei pra responder porque não recebi a notificação de teus comentários. O Blogger tá uma mer.a...kkk
      Vou achar o troféu desse campeonato e te respondo.
      Abraçaço.

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