sexta-feira, 26 de junho de 2020

Divagações Triathléticas


Pensando muito, mas muito mesmo, nesta época de pandemia, de quarentena, sessentena, infinitena, enfim...

Pensando...

Nós, Triathletas, que nos achamos a última bolacha do pacote, podemos também achar que estamos imunes a tudo isso.
Não, não estamos imunes, nem a isso e muito menos àquilo.

Quanto àquilo... nem vou dizer ao que me refiro.
Não é o direcionamento deste Blog.

Quando nascemos, dependemos de tudo e de todos para sobreviver.
Principalmente de nossa mãe e nosso pai.

Depois, tomamos vacinas (assunto recorrente, hoje), somos amamentados, nos alimentamos...

Vamos para o Primário (isso na minha época), depois para o Ginasial, depois para o Colegial e, se tivermos sorte e dedicarmos muito esforço, chegamos à Faculdade, pós-graduação etc.

Durante esse período, vamos tentando evoluir fisicamente, psicologicamente e espiritualmente.

Então, chegamos à época em que somos imortais.

No meu caso, fiz uma porrada de coisas que hoje não faria, tipo...

  • Correr em volta da Ilha Porchat, pelas pedras...

  • Entrar para surfar num marzão enorme, sem saber se sairia vivo dele...

  • Mergulhar de cima de pedras de mais de 5 metros de altura, dando um “Anjinho”...

  • Pedalar sozinho, por mais de 100 km, numa estrada de trânsito pesado e com muitos assaltos...

  • Fazer um Ironman...

Ôpa! Entramos no assunto.

Fiz meu primeiro Ironman já com muita idade - 50 anos.
Mas, já com muita experiência em Triathlons, em todas as distâncias.

Até hoje, fiz 7 Irons.
O futuro ninguém sabe...

O objetivo deste post é uma singela reflexão para nós, Triathletas, que nos achamos imortais.

Devemos olhar para frente, mas, muito mais, olhar para trás.

Quantos perrengues passamos ?

Quantas vezes passamos perrengues de saúde ?

Quantas vezes passamos perrengues espirituais ?

Quantas vezes passamos perrengues de relacionamentos ?

Quantas vezes precisaremos passar por perrengues para  saber que somos iguais a todos ?

Chegar aonde chegamos, vivendo o que estamos vivendo, olhando para trás e tirando aprendizado do que passamos.

Ainda, é bom sempre olhar para os lados, para quem nos acompanha.

E olhar para cima, para Quem nos guia.


3AV
Marco Cyrino



2 comentários:

  1. Sim... já fomos imortais, loucos e insanos, jamais voltaria a fazer o que fiz no auge da juventude. Tenho apenas um Iron Full distance que fiz em 2012 e vários em distâncias menores, sem contar algumas provas insanas seja no asfalto ou no TrailRun, mas hoje olhando a frente mas não esquecendo do passado não encaro mais essas loucuras com tanta naturalidade, uma pela experiência de vida e outra porque o corpo já cobrou os esforços de uma vida digamos que "bem pegada". Envelhecer com saúde, agradecer quem nos guia de um plano superior ao nosso.... independente de religião é o lema atual em minhas 51 primaveras. Parabéns pelo texto e como era boa nossa época !

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  2. Ô....Ronaldinho. Feliz demais com teu comentário. Muito pertinente. Caminhando a passadas largas para meus 63 anos e ainda, graças a Deus, conseguindo me manter bem ativo (para não falar que penso no meu 8o Ironamn), é assim mesmo que procuro ir levando minha vida. E tentando aproveitar a bagagem para passar informações aos próximos. Inclusive àqueles que ainda estão na fase do "imortal". Abração, irmão.

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