quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A evolução da espécie

Inspirado em um texto do Max (Tri Do) que gerou a contra-argumentação (Espaço Para Uma Crítica) do leitor Marcos Borges, fazendo com que os "Comentários" do post quase constituíssem um Fórum.


Do surf ...
Nos anos 70 (como estou velho...), quando comecei a surfar com pranchas emprestadas, por não ter condições de comprar uma, entrava em qualquer mar, tomando ondas na cabeça e “botando pra baixo” (dropando reto... rsrsrs), qualquer que fosse o tamanho da onda.

Na época, surfava na Praia do Itararé, ainda nem existia o pier (interceptor oceânico), quase ao lado da Ilha de Urubuqueçaba, na divisa Santos - São Vicente, o qual alguns surfistas mais novos acham que sempre existiu, como se fosse um acidente geográfico natural.

Aliás, o pier é realmente um "acidente" geográfico, no amplo sentido da palavra.
Um dia volto a este assunto.

Quando comecei a surfar no Guarujá, nas praias do Tombo e de Pernambuco, via os “feras” da época, como os irmãos Salazar (Lequinho, Almir, e até o moleque Picuruta), Paulinho do Tendas, Cisco Araña, Paulo Rabello, Hélio Coquinho, entre outros, dropando ondas de 2,5m ou mais. Eu pensava: Esses caras são doidos. Não dropo mais do que 1,5m!

Mas, o tempo foi passando e cheguei a dropar altas (não vou mensurar, para não ser chamado de mentiroso... rsrsrs)

Ao Triathlon ...
No Triathlon, comecei fazendo Short Triathlons do Troféu Brasil.
No primeiro ano, a galera me "botou pilha" para fazer o Internacional de Santos, na distância Olímpica.

Achei má idéia.
Terminava meus Short Triathlons quase morto.
Como fazer um Olímpico?

Olhava para frente, via os atletas que faziam Long Distance (Meio-Ironman), e continuava com a mesma opinião: São malucos.

Quem fazia Ironman, então, no meu conceito, precisava ser internado em um manicômio.

Bem, após vários Olímpicos e Long Distances, estou a caminho do quarto Ironman consecutivo.

Tenho vários amigos que partiram direto para o Long, ou mesmo para o Ironman.

Uma evolução específica, na espécie atlética 
No surf, percorri um caminho, misto de ousado e progressivo.
No Triathlon, percorri um caminho de evolução gradual e planejada.

Hoje, concluo que "cada um é cada um".
O que serve para mim, não necessariamente servirá aos outros.

Minha forma de encarar a vida, em todos os aspectos, sempre foi um pouco, digamos, conservadora, abordagem passo a passo.

Outros encaram a vida de forma mais ousada.
Com toda sinceridade, parabéns a eles.

Marco Cyrino

3 comentários:

  1. Sinceramente não concordo.

    Existem regras ?
    Não!

    Mas por que não seguir uma sequencia natural?

    Por que não começar caminhando, depois trotando, e só depois correndo?

    Por que as pessoas não podem ir devagar ?

    Por que precisam começar direto no Ironman?

    Por que?

    Pra que?

    Provar que é possível comletar um Ironman?

    Isso o Jonh Colins já provou em 1978 no primeiro Ironman... e ainda ele fez com 11h15, sem conhecer "bulhufas" desse novo esporte.

    Pra que pegar o elevador, quando se pode subir uma escada natural e gradual ?

    O conscenso comum rege:
    Comece com o short, depois faça olímpicos, depois faça 70.3 e depois de muito tempo faça Irons.

    Mas claro... essa é só minha opinião.

    ResponderExcluir
  2. É Ciro,
    Por isso mesmo que "cada um, cada um".
    Pela "minha forma" de encarar as coisas concordo 100% com sua opinião.
    Mas aprendi (essa é uma das únicas vantagens de ficar velho...rsrsrs) que é preciso respeitar a forma de encarar a vida das outras pessoas, desde que, é claro, essa "outra forma" de encarar a vida não afetem negativamente vidas de terceiros.
    Abraço

    ResponderExcluir
  3. Gratos pelo comentário!
    Visite-nos sempre...

    ResponderExcluir