Pedalando na estrada, atravessando a Faixa de Gaza
Conforme programado, 13/08/2011...
Sabadão, céu super-limpo, sol nascendo, um frio danado, 14ºC.
Para nós, santistas, é frio polar.
Saí de casa , canal 1, aquecendo só no giro e tremendo.
Até a balsa quase 6,5 km. Bom aquecimento.
Meio do caminho, encontro a Ana me ultrapassando, também só no giro. Estou mal de preparo mesmo!
Não consigo nem manter uma conversa com ela, sem ficar ofegante.
E ela, ciclista praticamente profissional, sem fazer esforço.
Na balsa, travessia Santos - Guarujá, conversando com os amigos e explicando o motivo do meu sumiço, penso no ritmo que empregarei no treino.
Mestre Ivan mandou: 60 km "firme e constante".
Problema 1: Quem disse que a galera está a fim de fazer isso?
Problema 2: A Faixa de Gaza (clique para ver o mapa)
Não, não aquela do Oriente Médio...
Para quem não conhece, esse trecho detém o maior índice de roubos de bikes por metro quadrado, de todo o país, provavelmente.
Saindo do Ferryboat (balsa) pela ciclovia da Avenida Ademar de Barros, são aproximadamente 3 km até chegar ao início da Rodovia Cândido Domenico Rangone (Rodovia Piaçaguera - Guarujá).
Trecho normalmente usado para aquecimento, e a cambada já pedalando acima de 30 km/h.
Dali até a ponte de acesso à Rodovia Rio - Santos, são cerca de 8 km de terror: a chamada Faixa de Gaza.
Do ciclismo ao Duathlon, em segundos
Passar por ali sozinho (às vezes, até mesmo acompanhado) é quase certeza dar de cara com algum meliante de plantão (acreditem, sempre há um meliante de plantão por ali) e transformar seu treino de bike em um Duathlon - metade ciclismo, metade corrida a pé, após ser roubado.
Bom, minha estratégia sempre consiste em sair junto com o pelotão da frente, porque, caso eu "sobre", ainda tenho a chance de ser alcançado pelos pelotões de atrás, para não passar sozinho por esse trecho.
Mas, os ciclistas do primeiro pelotão pedalam num ritmo alucinado.
Logo ao entrar na Piaçaguera - Guarujá, imprimem uma média de 42 a 43 km/h e subindo... Alex, Charles, Fred, Igor Bikeshopiano, Rubão e outros, puxando... sem contar as "taubadas" do Fricke.
Resultado, acompanhei o primeiro pelotão até a Rodovia Rio - Santos. Depois, cadê pernas e fôlego para manter um bom treino?
Quem manda ser burro? rsrsrs
Afora isto, voltamos com temperatura acima de 30ºC, e Vento Noroeste (quente, seco, e abafado como este, penso eu, só existe aqui na Baixada Santista). Mesmo havendo ingerido 2 caramanholas de água, eu me sentia seco como um bacalhau.
Bom, treino cumprido (e comprido): 70 km de ida e volta até a ponte de Bertioga, mais uns 13 km de ida e volta de casa até o Ferryboat.
Sensação absurda de bem-estar pós-treino (o Ivan vai me matar!)
Marco Cyrino
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