sábado, 7 de janeiro de 2012

Bikes - Pontos de Contato

Via Publique! - Sugestão & indicação de Fernando Rocha

Áreas e pontos de contato
Quer você esteja pedalando, surfando, cavalgando, ou dirigindo seu carro, o conforto nas áreas de contato é crítico.

Em cada atividade, devemos considerar nossas áreas de contato, por todo o corpo.

No caso do ciclismo, algumas áreas importantes não são necessariamente pontos de contato com a bike, mas sim com seus acessórios.

Por exemplo: cabeça (capacete), tronco (camisas), pernas (bermudas), pés (meias e sapatilhas), mãos (luvas), braços (camisas ou manguitos) e bunda e adjacências (pad da bermuda).

Evidentemente, nos preocupamos com o conforto que esses acessórios nos trarão, principalmente nas provas e treinos mais longos.

Um capacete de plástico, com ajustes, forração e ventilação péssimos, além de comprometer o aspecto segurança, incomoda muito, podendo até mesmo estragar um bom treino.

Este tipo de análise vale para todos os demais itens.

E existem também os pontos de contato direto com a bike.

Para estes, os acessórios devem ser muito bem definidos, pois irão ser incorporados ao próprio veículo, dificultando trocas constantes, tanto pela mão-de-obra necessária, quanto pelos custos dessas peças, que costumam ser altos.

Pontos de contato direto com a bike

- Mãos: guidão/aerobar/clip
- Antebraços: Pads
- Pés: pedais
- Bunda e adjacências: Selim

O selim
Sem desprezar a importância dos demais pontos de contato, a bunda e adjacências têm, digamos, um impacto maior sobre o conforto e performance, nas provas e treinos longos.

Quem já pedalou com selins ruins sabe muito bem desse impacto.

Uma das piores sensações é estar pedalando há muito tempo em determinada posição e, de repente, sentir-se um “eunuco”.

Procurar a parte principal das "adjacências" e "não sentir nada" dá um desespero terrível.

Algumas pedaladas em pé na bike fazem com que sintamos aquele formigamento maravilhoso.

E, logo depois, "ele" nos diz algo como: --- "Ei... Tô de volta!"

Existem vários aspectos que interferem na relação bunda x selim.

Largura, formato, inclinação, tamanho do bico, revestimento e ventilação são alguns deles.

Além destes itens específicos do selim, existem também as mudanças de posição do atleta, durante o percurso, motivadas por subidas, sprints, e até mesmo fadiga.

Tudo isto influencia nessa relação, podendo evitar ou agravar problemas de pontos de contato.

Bike Fitting e pontos de contato
A resolução de problemas de pontos de contato é fator importantíssimo para o ajuste (fitting), conforto, velocidade e, em geral, para o seu bem-estar a bordo de sua bike.

Outros elementos que contribuam para o seu desempenho serão praticamente ineficazes, até que sejam resolvidos os problemas relacionados aos pontos de contato.

Você poderá ter a melhor posição do mundo, em sua bike, mas essa posição será teórica, não real, se você tiver de se manter saindo dela, para resolver um problema de ponto de contato.

Escolha do selim
Além da modalidade de ciclismo praticada, a escolha do design e das características construtivas do selim, a partir de opções bastante variadas, deve levar em conta as características de cada atleta e de sua forma específica de pedalar.

Alguns critérios foram meio que convencionados, como:

Para Triathlon, usa-se um bico um pouco mais largo e curto.

Para melhorar a ventilação e a compressão sobre o períneo (algo que os médicos recomendam), usam-se selins vazados no meio.

Para atletas com fortes problemas de contato na região do períneo, existem selins com bico duplo ou bipartidos (conheço o Adamo).  Tentei usá-lo, mas, talvez por não ter insistido mais, não me adaptei porque, embora realmente resolva o "problema de adormecimento",  acaba incomodando em regiões da bunda que antes não utilizávamos.

Alguns modelos de selins disponíveis para Triathlon e outras modalidades





Selle San Marco Regale FX
Prólogo Tri

Dash Tri7
Adamo ISM



Selle San Marco - Aspide Glamour Feminino
Selle San Marco Spid Glamour Feminino
Dash Aero99
Tune SpeedNeedle
Imagens obtidas dos websites dos fabricantes: Dash, Tune, Prologo, Cobb, Selle San Marco, Adamo etc.

Palavra final
Recomendo que leiam e se informem bastante a respeito do tema, pois vale muito a pena, podendo evitar lesões e certamente melhorando o desempenho.

Marco Cyrino

Texto base: Marco Cyrino
Tradução e compilação, fontes adicionais: 3ATHLON NA VEIA
Artigos acessórios: Saddle Theory: Parts I, II, III, by Dan Empfield, - Slowtwitch.com

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