quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Morar em Santos - Um pouco de um monte de coisas

Texto original: Neuza Luciane

Moramos numa cidade, Santos, com muitos privilégios: praia, jardins, ciclovia, etc.

Tudo isto atrai turistas e novos moradores.

A cidade, por seu desenvolvimento, inclusive com o advento das novas descobertas de petróleo, ficou bastante populosa.

E, no verão e/ou férias, todos esses privilégios transformam-se em problemas pontuais que necessitam de atenção.

Para correr e nadar, nem tanto para pedalar
Por suas características geográficas, Santos é ótima para treinos de corrida e natação, na maior parte do ano.

Já, para treinos de bike, exceto alguns treinos específicos na Ilha Porchat, em São Vicente, não existem muitas opções.

A Av. dos Portuários (que, inclusive, compreende um trecho das provas do Troféu Brasil de Triathlon) está um “lixo” há muito tempo.

A nova Perimetral é excelente, porém perigosíssima.

O jeito é ir para a estrada.

Treino de bike em ciclovia?
Porém alguns atletas (?) cismam de treinar na ciclovia da praia.

Ciclovia não é pista de ciclismo... há uma certa diferença... rsrsrs

E eles treinam mesmo... dando sprints e tudo, em meio a toda a "fauna" que compõe o ambiente da ciclovia.

Lá existe de tudo: bicicletas levando geladeiras, triciclos que ocupam mais da metade da largura da ciclovia, bicicletas com "pequenos" guidões de 2 metros de largura, mamães empurrando carrinhos de bebês, achando que aquela pista lisinha é para isso, turistas passeando, famílias inteiras atravessando inclusive fora do local indicado, e sem olhar para lado algum, bicicletas motorizadas (a mais nova praga), skatistas, etc.

Andar de bicicleta pela ciclovia já exige um super cuidado, imagine treinar lá.

Para nadar...
Via de regra, o mar de Santos é calmo, ao menos nas imediações da Ponta da Praia.
Podem-se fazer ótimos treinos naquela região.

O grande problema, no verão, são os turistas com seus jet-skis e outras embarcações que não respeitam as distâncias permitidas.
Corre-se o risco de ser literalmente atropelado por algum desses veículos.

Já com os Stand-ups, Pads, Windsurfs e afins a convivência é pacífica.

Para correr...
Santos tem uma faixa de areia larga, com praticamente 4,5 km de extensão, com vários tipos de terreno, desde areia fofa (perto dos calçadões), até areia batida (à beira mar), passando pelos tipos intermediários, possibilitando vários tipos de treinos.

Como Santos e são Vicente são praticamente uma única praia, dividida pelo Emissário (conhecido também como píer), é possível emendar os treinos pela praia do Itararé, até a Ilha Porchat em São Vicente, acrescentando mais 2,5 km de areias.

Além disto, os treinos também podem ser feitos pelo calçadão.
Então, a distância aumenta ainda mais, uma vez que o trecho compreendido entre o final da faixa de areia (Ponta da Praia) e o Ferryboat (balsas para o Guarujá) acrescenta mais 2,0 km, totalizando praticamente 9,0 km de ponta a ponta, entre a Ilha Porchat e o Ferryboat.

Porém...
Como nada é perfeito, no verão (principalmente nas férias escolares e feriados), treinar na areia tem seus riscos.

Superlotação, sujeira, riscos...
Praia lotada, gente por todos os lados, e as crianças correndo em todas as direções, feito mísseis teleguiados cujo alvo é sempre você.

Ambulantes, sujeira na areia (até cacos de garrafas quebradas), buracos feitos por turistas que se divertem cavando feito tatus (ou toupeiras) etc.

Já, pelo calçadão um grande risco é a quantidade de cães soltos.
E tem de tudo.

Cães sem dono
Esses, até pelo próprio instinto de sobrevivência, se adaptaram à convivência urbana e atlética.

Cães de moradores de rua
Mais perigosos, porque podem entender que você esteja correndo para atacar seus donos... e irão defendê-los, com certeza.

Cães com donos imbecis
Esses são os piores (os donos, não os cães).
O sujeito cria e treina um Pitbull, um Rottweiller, um Pastor Alemão, etc. e se acha no direito de descumprir a lei, andando com seu cão solto, só porque "ele é treinado e não irá atacar ninguém".

Ninguém é obrigado a saber que o cão solto é treinado.

Nisso, o susto já foi dado, a adrenalina já foi jogada na corrente sanguínea, a freqüência cardíaca já subiu, e o treino já deu uma certa embaçada.

Mordeduras - um alerta
Aliás, vou aproveitar para fazer um alerta e dar uma dica.

Caso seja mordido por um cão (tomara que não, claro), não se preocupe em saber se ele foi vacinado.

O importante é saber o endereço dele (claro que estamos falando de cães com donos) e monitorá-lo por 10 dias.

Caso não faça isso, obrigatoriamente terá de se submeter ao ciclo de vacinas anti-rábicas, soro específico (com o vírus) etc., por um período considerável.

A raiva, conhecida também como hidrofobia, é uma doença cujos sintomas demoram a se manifestar, e a vacina só protege os cães por um pequeno período. É dada justamente no período crítico do ano em que o animal está mais propenso a adquiri-la.

É ilusão achar que o cão, por ter sido vacinado, não transmita a doença. Ele pode sim, transmiti-la a quem for mordido.

Monitorando o cão por 10 dias, se ele não houver desenvolvido os sintomas da doença, ou morrido, você estará livre do risco de ter sido contagiado.

Aprendemos isto, a Neuza e eu, da pior forma.

Ela foi mordida por um cachorrinho de madame, a qual jurou que o mesmo havia sido vacinado e blá, blá, blá.

Como não anotou o endereço do animal, teve de passar pela via crucis das vacinas.

Em tempo, nada contra cães!
Pelo contrário, desde a infância, sempre tive cachorros (sempre SRD, popularmente vira-latas).
Ainda hoje, mesmo morando em apartamento, crio um cão de porte médio, tirado das ruas há 11 anos.

Marco Cyrino

Ele, o Pitt (Brad Pitt), meu dog, desconfiando


Distâncias - Santos e São Vicente

5 comentários:

  1. Neuzolina, achei sua matéria super legal e pertinente. Parabéns ! Bjs.

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  2. Obrigada pelo comentario, as vezes tenho inspiração...bjs.

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  3. Muito legal...
    Gostei do "a mais nova praga), skatistas"

    hehehe

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  4. Valeu Ciro,
    A mais nova praga na verdade se refere às bicicletas motorizadas enão aos skatistas...rsrsrs

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  5. Hoje quase que um monstrengo desses com motor me atropelou de frente no acostamento da Piaçaguera no final do treino. E na contramão!

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