quarta-feira, 10 de junho de 2015

Ainda sobre corrida


Considerando minha evolução no quesito velocidade, após alguns anos privilegiando provas longas (Ironman e Long Distance / 70.3 / Challenge), consegui evoluir meu pace médio (para 10 km dentro de um Triathlon Olímpico) de mais ou menos 5m45s (num bom dia) para os 5m00s (novamente num bom dia).

Sei que para a maioria dos Triathletas esse pace é "fichinha", mas, por favor, respeitem a minha idade... rsrsrs

Atualmente tenho conseguido fazer treinos específicos obtendo paces próximos de 4m35s / km.
Claro, em tiros de no máximo 2 km.
Também claro que é difícil transferir isso para 10 km e, ainda, dentro de um Triathlon, mas tenho feito o que é possível fazer.

Considero que os pontos preponderantes para essa evolução [45s para 5m45s ~13,1%] foram e têm sido:

Atitude
Mesmo tendo decidido voltar a correr mais rápido, depois de tanto tempo correndo mais para resistência do que para performance, acabava fazendo treinos mais na zona de conforto do que outra coisa.

Um dos responsáveis pela minha mudança de atitude foi o grande atleta Edmilson José Scrassulo Filho.
Num sábado de treino de corrida longo (nos finais de semana, continuo fazendo treinos mais longos, em torno de 15 a 20 km), pretendia fazer 18 km.
Vinha num pace de +/- 5m40s / km, quando nos encontramos.
Ele falou que ainda faltavam uns 8 km para fechar o treino dele, o que era mais ou menos a mesma distância que faltava para que eu terminasse o meu.
Disse que faria o restante do treino comigo.
Ainda argumentei que, ou ele iria reduzir muito o seu ritmo (o bicho corre pra caramba), ou eu iria ter que aumentar muito o meu, e quebraria.
Ele respondeu que "tava de boa" e fomos juntos.
Claro que acabei aumentando um pouco meu ritmo, com o incentivo dele.
Aos poucos, vi que estávamos passando para 5m30s e eu me sentindo bem.
Nos últimos quilômetros, resolvi forçar um pouco e acabei fechando os últimos 3 para mais ou menos 5m20s.
Desde então falei para mim: - "Pô! Então eu posso".

Investimento em musculação
Comecei também a fazer na musculação um trabalho específico de fortalecimento de glúteos, posteriores de coxa, etc., sempre bem orientado pelo Professor André Velasques (Academia Krato).

Também fiz e faço uso da musculação para prevenção e até mesmo recuperação de lesões, o que me fez criar confiança de correr mais forte (digamos, com mais ousadia), sem medo de me machucar.

Sem esquecer que, no meu caso, depois da lesão, O Dr. Atef (Quiropraxia Allevo) vem sendo o grande responsável pelo tratamento/cura.


Treinos variados
Como o próprio Edmilson havia já comentado comigo várias vezes, o "fartlek**" é um excelente treino para melhorar a velocidade.
Aliado a treinos intervalados e corretivos, são grandes ferramentas para a performance.

Particularmente, tenho agregado alguns treinos meio doidos, como fazer durante a semana, na academia, treinos na esteira conjugando séries variadas em um mesmo treino, como: corrida forte/leve, subida leve/fortíssima/leve x 4 ou 5 vezes.

** Fartlek - Expressão suíça que significa misturar treinos contínuos com intervalados, entremeando períodos de velocidade com períodos lentos. (Wikipedia - fartlek)


Postura na corrida
Fundamental.
Quando nos sentimos cansados durante os treinos e vamos literalmente "arreando a bunda" para podermos completar a distância, é melhor parar.
Ou tomar fôlego e reposturar.
Tenho certeza, por experiência própria, que não vamos agregar nenhum benefício correndo desse jeito (bunda arreada).
Vejam que estou falando aqui de performance, velocidade.
Claro que se o objetivo for apenas endurance, talvez, disse TALVEZ, seja bom continuar o treino.


3AV
Marco Cyrino


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